Escrito por Jorge Marques da Silva
Se olharmos
história do mundo, vamos ver os homens defendendo o verdadeiro do falso. Em
contrapartida, esses mesmos homens em sua racionalidade não conseguem explicar porque
o verdadeiro que tanto defendem não é falso.
A
razão é a capacidade que o homem possui para gerar a partir de suposições,
conclusões que explicam a causa e efeito. Por outro lado, não podemos deixar de
citar que os homens também tiram conclusões baseadas na autoridade, intuição,
emoção e fé. Neste contexto a principal diferença entre a razão e as demais
formas de consciência esta na explicação.
O
filosofo René Descartes (1596-1650) em seus estudos argumentou que todos os
homens conseguem separar o verdadeiro do falso, mas ao mesmo tempo contenta-se
com meias verdades que herdaram. Na sua procura de verdades absolutas viveu
combatendo essa incerteza, e concluiu que só se derrota esse adversário com as
armas que ele próprio nos fornece. Nesse contexto de conflito surge a sua frase
filosófica mais conhecida “Penso, logo existo”, querendo dizer que o pensamento
é a maior evidência de nossa existência e não o nosso corpo ou matéria.
Algumas
religiões pregam que a verdade absoluta esta em Deus, mas cada religião possui
uma parte desta verdade, fazendo com que os Homens mudem de religião como mudam
de roupa. E no impulso de seu racionalismo em busca das verdades ele se
encontra na religião que consegue entrelaçar a sua forma de ser, pensar e agir.
Partindo
do principio que Deus criou o homem sua imagem e semelhança, Ele concedeu aos
homens a capacidade de fazer escolhas através do livre arbítrio. Com isso as
verdades absolutas estão ligadas às nossas decisões, ou seja, o aprova torna-se
o seu destino.
Vejamos
também o apocalipse das escrituras sagradas, relatado pelo apóstolo João após
uma revelação de Deus.
(...)
no meio do trono estavam quatro animais cheios de olhos na frente e atrás...viu
na mão direita do que estava sentado no trono um livro selado com sete selos,
que quando foram tirados do livro foram saindo as desgraças do homem(...).
Neste
relato aparecem o que normalmente conhecemos como os quatro cavaleiros do
Apocalipse, designados pelos homens como a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte.
Dentro
de um contexto filosófico ou religioso, não importa qual, podemos perceber que
o homem apesar de ser racional, e que a sua maior prova de existência esta no
pensamento, age por muitas vezes como um animal irracional e sem pensamento
algum.
Porque
estou escrevendo isso. Vamos pensar um pouco.
O
homem desde os seus primórdios tentam defender as sua verdades. Existem vários
exemplos sobre isso, os otomanos, os persas, os romanos, as cruzadas, a
inquisição, católicos contra protestantes na Irlanda, Judeus contra os Palestinos,
o holocausto, as duas grandes guerras, a fome e a miséria na África, a bomba
atômica de Hiroshima e Nagasaki, e muito mais.
Essa
luta insana para defender a verdade esta levando o homem a destruir a si
próprio. É o fim do mundo, homem destruindo homem por uma verdade que às vezes
não é verdade.
A
geração da paz e do amor pode ter sido absorvida por esta sociedade gananciosa,
mas os seus conceitos jamais foram destruídos.
Este
mundo tem salvação, basta o Homem deixar de lado o orgulho, a vaidade, a ganância,
seus ódios, e se preocupar com a liberdade, a fraternidade, a igualdade e
principalmente ter uma conduta honesta e digna.
Vamos
parar e repensar todas as meias verdades que herdamos do passado e reescrever
nossa história. Uma história embasada no amor e na paz entre os povos, a
Humanidade clama por isso.
Não
vamos deixar que o fim do mundo aconteça, vamos fazer nascer um novo mundo,
onde teremos orgulho de sermos Homens.
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