ODE AO MACDONALDS

Texto Rodrigo Sanchez/Voz de Jorge Marques da Silva

Uma tentativa de criação em parceria que pode ter ficado boa. Faça seu cometário.


Todos os direitos reservados
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A MADRUGADA, O AMANHECER

Por Pandora & Jorge Marques da Silva

Já é final de madrugada e eu ainda não dormi.
O frio à minha volta não me permite o aconchego.
Minha mente já vagueou...
Meu corpo sente falta do descanso e uma leve dor visita a minha cabeça.
Penso no dia que começa a surgir.
Assuntos à resolver, conversas pendentes, explicações e satisfação à dar.
Abrir mão de muitas coisas...
tentar encontrar um pouco de sossego e seguir meu novo caminho:
com meus frutos... com ele, meu amor, comigo mesma.
Descobrir, na nova caminhada, o verdadeiro valor da amizade e quem são
os verdadeiros amigos.
Aprender a lidar com todos os meus medos, ao passar pelas duras provas que começaram...
Cansaço, desânimo, incerteza.
Longa noite que acende meus pensamentos!
Penso em tudo que aprendi sobre Deus e percebo que só aprender não tem valor se não houver com Ele um relacionamento.
Ah madrugada densa, que ascende a mente e confunde os pensamentos!
E nesse fervilhar o sono chega para interromper meu momento filosófico.
Então volto a pensar nele, meu amor, e numa pequena prece, peço a bênção Dele.
Os olhos pesam...
tenho uma horinha para, enfim, descansar.

Um belo dia nasce pois você existe
Estás ao meu lado.....Estou ao teu lado
Não estás sozinha......Não tenhas medo
Pedras existem.....És forte
Saberás caminhar.....Nada temerás
O infortúnio vencerá
Caminhe tranquila.....Ao teu lado estou
Com todas as forças do meu amor por ti
Eu te amo minha doce Pandora
Tens a pureza na alma
A beleza de Deus no coração.
Mulher forte..... guerreira..... exemplo
Mulher que tenho orgulho de dizer "És a minha mulher"
Obrigado por permitir que eu faça parte da sua história e do seu caminhar.

VIAJANTE ETÉREO

Filho das trevas
Descendente da luz
Asas abertas
Rasgando o céu
No meio da nuvens
Não faço barulho
No rasante
Gritos arranco
Corações acalanto
Almas levanto
Sou viajante etéreo
Cativando os homens
Viajando nos corpos
Sem perceberem
Domino suas mentes
Em ovelhas transformo
Lado a lado
No mesmo passo
Caminhando comigo
Das trevas lhes retiro
Para a luz lhes envio
Retorno pro meu ninho
De asas abertas
Aconchego meus filhos
No choro noturno
Alimentação garantida


Jorge Marques -15/05/2013

A UM PASSO DO ABISMO

O dia passa como um relâmpago
À tarde ensolarada se esvai
Momento lindo e mágico
A noite iluminada desponta no horizonte
Lua e estrela em um enlace de amor e carinho
Pureza e perfeição
Beleza de encontro
Sorrisos, declarações, arrepios e suspiros
Resplandecente beleza celestial
Uma louca emoção
Delirante explosão
Contagiante sensação
E no entorpecer do momento
Fico sentado com as pernas em balanço
O abismo esta abaixo
Lua e estrela descansam na noite
E a mim restou à lembrança


Jorge Marques da Silva – 02/11/2013

ANJOS A SOLTA

Nuvens em rebuliço
Brisas descontroladas
Folhas espalhadas
Redemoinhos se divertem
Poeira levantada
Asas abertas
Velozes rasantes
Luzes multicoloridas
Cheiro suave
Perfume dos anjos
A solta rodopiam
Desenhos nascem
Num repente
Um barulho
Tudo para
Um caiu
Quem és tu?
És anjo?
Anjo caído?
Não!
Me distrai
Me perdi
Errei o cálculo
Deu sorte
Não vim te buscar


Jorge Marques da Silva – 11/04/2013

ANJO NOTURNO

Um olhar
Um sorriso
Um contato
Alma clara
Perfeição dos deuses
Doce abraço
Breve afago
Mãos se tocam
Lábios se encontram
Almas se unem
Brumas envolvem
Lindo
Suave
Desejável
Um breve silencio
Olhos se cruzam
Um fio escorre
Um calafrio percorre
Olhar saciado
Boca molhada
Janela aberta
A luz do luar
Corpo cansado
Pescoço marcado
Olhos fechados
Êxtase alcançado


Jorge Marques da Silva – 03/06/2013

A ESPERA DO AMANHÃ

Pernas estendidas
Paredes brancas
Travesseiro vazio
Olho o espelho
Procuro um reflexo
Nada vejo
Fecho os olhos
Penso dormir
Vou acordar
Olhar o espelho
Reflexo ver
Você esta
Olhos se abrem
Travesseiro vazio
O sol já raiou
Ontem se foi
Sozinho estou
Amanhã nascera
Você retornará


21/07/2014 - Jorge Marques da Silva

PENSA QUE ÉS

Do que vale ler
Palavras escritas
Joga-las ao léu
Puro Interesse
Ao resto o resto
O que importa
Coração de pedra
Visão cega
Hipocrisia evidente
Tudo posso
Doce engano
Nada lhe pertence
Dura verdade
Não sois nada
Esquecesse-se de algo
Daquele que nada pediu
Nada escreveu
Só ensinou
Uma palavra
Quatro letras
Juntas pela força Dele
Sabes quais são
AMOR
E quando puderes pronuncia-la
Entenderás a beleza do mundo
Não se encontra escrita
Está em nosso coração
E nele reside a nossa fé


21/07/2014 - Jorge Marques da Silva

O EVANGELHO SEGUNDO NÓS

Quando eu morrer que me embrulhem em um jornal.
Quem sabe eu amadureça.
Ainda consigo juntar as letras.
Criar palavras quê escorrem pelas abas dobradas desse velho jornal.
Noticias jogada ao léu.
Piadinhas incoerentes.
Artigos sem opinião nenhuma.
Estou apodrecendo dentro do jornal.
Preciso sair daqui.
Serei manchete de minha própria morte.
Mote do cansaço.
Tema das entrelinhas.
Pútrido, petiz, perdido.
Polido pelos vernáculos.
Devorado por vermes analfabetos.
Dentro do contexto da noticia.
Introduzido ao meu próprio espetáculo.
Inserido nos fatos da inerente morte-vida-solidão.
Quem sou eu?
Tiraram a minha intelectualidade.
Não posso pensar.
Não posso falar.
Ignorância de uma fé em palavras.
Escritas pelas mãos variadas
Lidas por olhos cegos
Os homens acreditam e ajoelham.
Outros ao microfone conclamam.
Preciso gritar!
Sou a tipografia de mulheres mudas.
Estou cru.
Podre.
Envolto nas linhas torpes do passado.
Na verdade obscura do presente.
Tenho Sodoma e Gomorra dentro de mim.
Mas também sou Deus-defunto.
E a ti restará palavras desconexas.
Porque tu és homem, só sabes escrever.
E quem sou eu?
Sou mulher geradora do novo!
Não pertenço a um livro criado.
Morrerei na minha história.
Borrada na verdade.
Vítima da mentira.
Carrasco de mim mesmo.
Sou a sobra do efeito.


24/06/2014 – Rodrigo Sanchez & Jorge Marques da Silva

SER SOMOS SER

Venha me ver.
Trem, carro e tato.
Conheça-me e me arrependa.
Prenda-me e me condene.
Seja-me e faça-me.
Corrói-me.
Ceifa-me
Faça-se.
Seja-me.
Corra-me.
Fuja-me.
Seja-se.
Venha se ser.
Pé, pernas e passos.
Desconheça-se e se vanglorie.
Solte-se e seja-se.
Se seja e faça-nos.

Somos um
Lado a lado
Olho no olho
Lábios colados
Respiração louca
Mãos tremulas
Andante descompassado
Sete por oito
Sol maior
Melodia em oitava
Em terças escreve
Com quintas declama
Amor musical
Não sei onde vai dar
Não importa
Um trinado
Na barra dois pontos
Posso até errar
Ao inicio volto
E lá você esta...................Venha nos ser


06/06/2014 – Rodrigo Sanchez & Jorge Marques da Silva

MENTIRAS SINCERAS. VERDADES ESCONDIDAS

Sento num banco qualquer.
Corpo cansado.
Procuro entender.
Pessoas passando.
Buzinas tocando.
O Sol a pico.
Cabeça quente.
Suor escorrendo.
Sensação estranha.
Folha no chão.
Letras pequenas.
Braços esticam.
Mãos se fecham.
Folha no rosto.
A foto é clara.
Morreu mais um.
Cadê a prova.
O corpo sumiu.
A mentira é sincera.
A verdade é escondida.
A justiça é chega.
Nos tratam como ignorantes
Gritemos.


09/01/2013 - Jorge Marques da Silva

UM NOVO AMANHECER. A MESMA HISTÓRIA

A multidão se aglomera.
Pessoas dançando.
Pessoas bebendo.
Pessoas comendo.
Se apertam, se tocam.
A contagem regressiva começa.
Chegasse ao zero, o anoite vira dia iluminada por luzes multicoloridas.
O espetáculo e maravilhoso para os olhos e ensurdecedor para os ouvidos.
Mãos se apertam.
Bocas se unem.
Braços se abraçam.
Olhos brilham molhados.
A esperança esta a flor da pele.
Promessas são jogadas aos céus.
Tudo parece alegria.
O espetáculo termina.
A escuridão do céu é amenizada pela luz da lua.
As pernas estão cansadas, o corpo esta entorpecido e a fome já não existe.
Um novo amanhecer surge no horizonte.
Um sol tímido aquece as faces.
As pessoas levantam cambaleando sem muito entender o que houve.
Caminham lentamente para o retorno a realidade.
A esperança vira angustia.
As promessas são esquecidas.
A alegria desaparece.
Mas qual o problema?.....Vamos esperar 364 dias para novamente ter um dia feliz.


02/01/2013 - Jorge Marques da Silva

UMA NORMALIDADE AMEAÇADA

Tento escrever.
Aquilo que penso.
Aquilo que acredito.
Aquilo que naquele momento me vem à mente.
Aquilo que a alma clama.
Escrevo sempre de mente aberta e coração tranquilo.
Não faço apologias.
Não crio histórias.
Escrevo o momento.
Escrevo as batidas do coração.
Escrevo a mente em ação.
Não escrevo mentiras.
Existo, penso, deliro.
Continuo escrevendo.
Escrevendo sempre minha alma, minha mente, meu coração.
Escrevendo minha existência.
Mesmo assim minha normalidade é ameaçada, mas que posso escrever.....Não sei!.....Então escrevo!
Pena daqueles que não escrevem e somente criam histórias fantasiosas sobre aquilo que leram.


02/01/2013 - Jorge Marques da Silva

UTOPIA EXISTENCIAL

Paro e penso.
Penso e existo.
Existo e penso.
Quem sou eu?
Quem tu és?
Quem ele é?
Não se!
Talvez saiba.
Saiba o que?
Para que saber?
Penso então sei.
Existo então saberei.
Saberei o que?
Já sei!
Quase certeza.
Certeza do que?
Daquilo que penso!
Mas penso.
Tenho certeza?.....Não sei.
Existo?.....Não sei.
Penso?.....Não sei.
Vou morrer!.....Não!.....Vou viver
Viver me perguntando?


09/01/2013 - Jorge Marques da Silva

UM DIA CANSADO E SUADO

Saio de casa logo que amanhece.
O corpo nem bem ainda acordou.
Os olhos parecem ter areia.
As pernas nem andam direito.
Mas tenho que ir.
Mais um dia começa.
Mais uma vez não sei como terminará.
A única certeza que tenho é que o dia começa e tenho que sair andando rápido.
Rápido por poucos metros que parecem quilômetros.
Respiro fundo e chego.
Ascendo um cigarro e aguardo.
Entro no ônibus lotado, os primeiros raios de sol aparecem.
Meus olhos se fecham.
Cochilo de pé.
Num susto truncado acordo.
Cheguei.
Respiro fundo, penso.....preciso acordar.
O dia promete cansaço e suor.
Mas o que fazer.....sou um trabalhador honesto.


04/01/2013 - Jorge Marques da Silva

SOLIDÃO PRESENCIAL

Passamos todos os dias das nossas vidas vivendo em sociedade.
Temos a impressão de sempre estar com alguém por perto, família, amigos, colegas, conhecidos, etc.
Falamos varias coisas que todos escutam, mas ninguém nos da à devida atenção.
Quando choramos dizem que somos fracos
Quando gritamos dizem que somos loucos.
Quando nos calamos dizem que estamos deprimidos.
Exigem-nos que sejamos como pedra
Cobram-nos que sejamos racionais.
Exigem-nos que sejamos insensíveis.
Mas esquecem de que somos humanos e temos sentimentos.
Não nos respeitam como pessoas.
Não aceitam as nossas opiniões.
Não nos querem por perto a não seja que aceitemos o que nos impõem.
Somos sozinhos numa sociedade deturpada e gananciosa.
Somos os últimos dos moicanos.
Somos uma geração esquecida.
Somos o que somos e sentimos uma solidão presencial.


07/01/2013 - Jorge Marques da Silva

EXISTIMOS POR EXISTIR

Meias verdades são lançadas no ar.
Não somos sinceros.
Não somos honestos.
Não somos dignos.
Nos perdemos no tempo.
Deixamos de existir, ou talvez coexistir
Acreditamos em meias verdades.
Acreditamos em falsas promessas.
Gritamos aos céus com a mão estendida.
Falamos o que querem ouvir.
Fingimos que obedecemos.
Acreditamos que somos obedecidos.
Somos marionetes.
Somos parte da sociedade.
Deixamos de ser.
Existimos por existir.
Estou cansado.
Não posso mais falar.
Não posso mais escrever.
Não posso mais existir como sou.
O que falo deturpam.
O que escrevo interpretam sem sentimento.
Tudo é apologia na concepção ignorante da sociedade corrompida pela falsa moralidade.


02/01/2013 - Jorge Marques da Silva