DUAS PERGUNTAS PARA A SOCIEDADE DOS HOMENS

Não sei o que pensar das coisas que acontecem na sociedade.
Por varias vezes procuro uma explicação coerente mas não encontro.
O que encontro são teorias que tentam explicar, tentam nos dar um roteiro a seguir, e  dizem que seguindo esse roteiro conseguiremos entender a sociedade.
Como entender ou explicar esta sociedade que cada vez mais perde as noções de valores. Posso estar velho, mas valores sempre serão valores.
A família é coisa do passado, não ter família é normal.
A amizade  é coisa do passado, o que vale são as redes virtuais onde podemos ser o que não somos.
O amor é coisa passado, o que importa é ficar sem compromisso.
O fazer amor é coisa do passado, o que importa é transar sem compromisso.
A traição era abominável, hoje é natural do dia a dia.
O respeito era qualidade, hoje é idiotice.
A sinceridade era nobre, hoje é puro interesse.
Poderia ficar aqui o dia inteiro escrevendo sobre esta sociedade deteriorada e podre.
A sociedade precisa ser reinventada, se isso não acontecer veremos ela se afundar cada vez mais na irracionalidade desse ser chamado Homem.
Posso não ser uma pessoa pura e casta e considerada “quadrada”, mas consigo pensar racionalmente dentro dos valores que me foram ensinados pelo passado, e Dentro deste contexto lanço duas perguntas a sociedade:

O que queremos?
Onde chegaremos?

Agora cabe simplesmente a sociedade representada aqui neste ato por este ser chamado homem responde-las. Não estaremos considerando respostas por mensagem ou qualquer outra tecnologia, estaremos considerando somente resposta advindas por atitudes.

Jorge Marques

CRIANÇAS A BRINCAR. UM FUTURO A CRIAR

Crianças a brincar. Um futuro a criar?


Fico observando o brincar das crianças.
Crianças que nas suas brincadeiras que usam a imaginação e criam grandes aventuras.
Imaginação pura, simples, sem maldade, sem falsidade, sem mentiras.
E por um instante fecho os olhos e me desligo.
Sinto o calor no meu corpo, uma gota de suor escorre pelo meu rosto.....respiro fundo.....continuo ouvindo o brincar das crianças.
Mantenho os olhos fechados e penso no futuro, qual futuro estas crianças a brincar com a sua imaginação pura e simples vão ter.
Mantenho os olhos fechados.....limpo o suor do me rosto.....percebo que não é suor e sim uma lágrima solitária.
Lágrima que descubro representar a resposta ao meu pensamento.
Estas crianças que hoje brincam estão vivendo em uma sociedade que não possui mais valores morais, que na sua ganância de poder e riqueza destrói a si mesma, que se faz de santa nos domingos e tenta enganar a todos durante a semana.
Uma sociedade fadada a não ter futuro.
Respiro fundo novamente.....abro os olhos novamente....as crianças continuam brincando.
Limpo a lágrima do rosto, sento ao lado delas e mostro a elas que o que vale na vida é ter simplicidade e que é desde cedo que começamos a traçar nosso futuro.
Ensino-lhes os princípios do discernimento entre o certo e o errado.
Fecho os olhos por um instante e quando os abro vejo as crianças sorridentes a brincar de construção de uma sociedade justa com valores sólidos e irrefutáveis, que possa ser eternamente como a imaginação da crianças a brincar.....pura, simples, sem maldade, sem falsidade, sem mentiras.

Jorge Marques

UM SIMBOLO CHAMADO PENTAGRAMA

Pentagrama é uma estrela composta de cinco pontas (Penta) unidas por cinco linhas (Grama).

Na alquimia representa os cinco elementos (Ar, Fogo, Água, Terra e o Espirito),estes elementos estão associados as manifestação do intelecto do homem, as quais estão resumidamente relacionadas a seguir.
 
Ar – Inteligência, intelecto, mente, razão, ideias, palavras.....
Fogo – Impetuosidade do amor ou do ódio, impulso sexual, força masculina na mulher (Animus).....
Água – Emoções, sentimentos, instintos, força masculina na mulher (Anima).
Terra – Corpo, força, resistência, amor, ódio, emoções, sentimentos profundos, inteligência (carrega e suporta as consequência da inteligência), inépcia (aprender pela dor indesejável).....
Espirito – O “Eu” Superior, a individualidade, essência, o mais alto grau.....
Na antiguidade era um dos selos do rei Salomão, que na sua mitologia é descrito como um fenício politeísta, e o pentagrama simbolizava a deusa Vênus (Ashtart) dentre os vários deuses e deusas cultuados. Nesse período muitos sacerdotes (Feiticeiros) e reis se consideravam seus filhos e esposos. Ela era cultuada na intenção de se receber dadivas, como por exemplo, fertilidade, prosperidade para o povo, riqueza, ascensão social, amor, e etc. Era utilizado também para marcar as fases do ano, celebrações e rituais de morte e renascimento.
O Planeta Vênus tal qual conhecemos, também é representado pelo pentagrama. É o terceiro planeta do nosso sistema solar e é o corpo celeste mais brilhante visto aqui da Terra (reflete 79% da radiação solar). Ele aparece ao leste no amanhecer (antes do nascer do sol), conhecido por “Estrela da Manhã”, ”Estrela d’Alva” ou “Estrela Matutina.” O seu movimento é estudado desde a antiguidade. A sua órbita forma conjunções com a Terra e o Sol, as quais descrevem a partir de seu ponto inicial um pentagrama. A cada oito anos a conjunção entre Vênus-Terra-Sol formam um pentagrama invertido, que em nível metafísico pode representar uma “relação sexual” entre deus e deusa.
A partir deste ponto é interessante salientar que não se pode considerar o pentagrama como um símbolo “do bem” ou “dom mal”, o que existe na verdade é um símbolo (Normal ou Invertido) que é utilizado conforme a visão da corrente (Nox ou Lux) que o esta utilizando e não como visto pelo observador.
Vamos entender um pouco melhor toda essa história.
Na corrente Draconiana são utilizados para trabalhar as quatro forças inerentes a vida e a evolução, as quais são, Lúcifer, Vênus, Samael e Lilith. São as forças da inteligência, da razão, das emoções, do amor, do ódio, das paixões, dos instintos e dos prazeres sensoriais, materiais e mentais, tudo o que é necessário à vida, ao aprendizado e à evolução.
O selo de Astaroth (Espirito da Goécia) que por muitos era considerado como um demônio, mas na verdade era uma das deusas da mesopotâmia.
O deus egípcio Set é representado pelo pentagrama invertido, e representa uma relação metafísica entre os altos níveis de manifestação cósmica e o da consciência.
No ocultismo e na magia (Estrela Luciférica) é um símbolo de sabedoria e do amor, onde se considera Vênus (deusa do amor) esposa/irmã de Lúcifer (Portador da luz)
A Escola de Pitágoras também utilizava o pentagrama como seu símbolo, pois era considerado a representação da perfeição do homem (Microcosmo), da harmonia entre os oposto (Homem e Mulher – Luz e Treva – Positivo e Negativo) e da natureza.
Com tudo isso, podemos perceber que o mal é um conceito equivocado e somente existe nas mente humanas maledicentes e maldosas. Para se ter uma ideia o pentagrama invertido nos dias atuais esta ligados a trabalhos que visam única e exclusivamente objetivos materiais, já que as pessoas acreditam que nem só de espirito pode se viver no mundo atual. Chegamos ao ridículo de ter que ouvir que pentagrama normal nos protege contra as forças do mal.
Agora cabe a nós seres humanos “ridículo, limitado, que só usa dez por cento de sua cabeça animal” (Raul Seixas), utilizarmos o pentagrama com discernimento e principalmente conhecimento. E para aqueles que encontram sempre mensagens subliminares nos escritos de alguém, Boa Sorte!
 
Autor do texto - Jorge Marques da Silva
O Bem e o Mal existem?
Com certeza! Mas depende do nosso conhecimento e discernimento.
Então comecem a ler e tirem suas conclusões.

DUALIDADE. DEUS OU DEUSA?



Texto de Jorge Marques da Silva


A harmonia consigo mesmo e com a natureza, energias masculinas e femininas são trabalhadas em conjunto. Dentro deste contexto surge um princípio criador que não possui uma definição concreta, pois talvez esteja além da nossa consciência. Desse princípio surgiram duas polaridades que criaram o universo e toda a forma de vida, a Deusa e o Deus.
 
 
 
 
 
Deusa e Deus vivem em equilíbrio e igualdade. Em muitas pintura e esculturas da antiguidade pode se perceber a Deusa rodeada de vários animais masculinos como o leão e o veado, ou até mesmo em forma de corpos que representavam o masculino e o feminino como um ser único.

Nos mitos o Deus nasce da Deusa, despois de seu nascimento ele se transforma em marido da Deusa, trazendo a fertilidade, vivendo ao lado da Deusa em harmonia e depois morrendo, seguindo assim um ciclo de vida, morte e renascimento.

O Deus pode ser representado pelo Sol, mas também pode ser representado por muitas faces da natureza. Na sua face indomável, a qual representa a fase do homem com caçador, o Deus  possui um aspecto humano com chifres de Alce , mostrando assim o seu lado selvagem.

A partir do ponto que o homem foi controlando a Terra e os Animais, o Deus passou a ser apresentado através de um corpo humano com chifres de bode (animal doce e domesticável), mas ainda mantinha a força do Deus selvagem dos chifres de Alce, como na natureza do seu ser a força do Deus selvagem dos chifres de Alce, como atesta a natureza do Deus Pã.

Em uma das outra faces de Deus, em uma delas ele é o Senhor da Colheita, tendo uma imagem madura, como as sementes que depois do brilhar do sol germinam, dando com isso uma simbologia ao verdejar da terra após o inverno.

Os símbolos que são utilizados para representar ou cultuar Deus, normalmente são a espada, os chifres, o tridente, o punhal e etc., as suas cores são o dourado, o marrom, azul, verde e amarelo.

Talvez as principais celebrações ligadas ao Deus é o Yule, celebração que marca o nascimento da criança promessa , e o Ostara onde o Deus se torna um jovem que esta alcançando a maturidade. A Deusa e o Deus são iguais e unidos.

A energia geradora universal, o útero de toda a criação é representada pela Deusa. Os mistérios da lua, da intuição, da noite, da escuridão e da receptividade estão ligados a ela. A Lua representa a vida eterna, pois a sua face é mostrada novamente a cada sete dias e nunca morre.

A Deusa nos é mostrada com três faces: a virgem (donzela), a mão e a velha sábia. Na imaginação popular a velha sábia acabou sendo relacionada a uma Bruxa. Essa tríplice configuração mostra a nós os mistérios mais profundos da energia feminina, que na cultura patriarcal é duramente reprimida.

A Deusa representa o repouso pelo cansaço e a nossa existência entre duas encarnações. Por ser toda a natureza ela é ao mesmo tempo sedutora como velha. É a doadora da fertilidade, do amor e da abundância. Conhecida como a rainha do paraíso, Mãe de todos os Deuses, fonte divina, matriz universal, e outros vários títulos.

Vários símbolos são utilizados para honra-la, como o caldeirão, a taça, a flor de cinco pétalas, as pérolas, etc.

Todos os símbolos são sagrados à Deusa. Já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça; uma deidade celestial caminhando pelos céus; a eterna mãe com o peso da criança; a tecelã de nossas vidas e mortes; uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres.

E agora apesar da nossa visão ou dogma religioso, não importa como enxergamos a Deusa, o que realmente importa é que ela é onipresente, imutável e eterna, ela sempre estará ao nosso lado, nos protegendo e nos dando carinho, como uma Mãe é para seu filho.

E assim caminharemos pela vida com a Deusa assim como caminhamos com o Deus que existe dentro e fora de nós.

_______________________________________________
 
 
Oração à Grande Mãe
Eu sou o Deus,
Eu sou o(a) Bruxo(a),
Eu sou aquele que ilumina e protege.
O poder da Grande Mãe,
está dentro de mim.
Que a Grande Mãe,
a Senhora do Norte
Encha de frutos a árvore de minha vida,
ilumina todas as minhas estações,
Torna-me forte na dor,
tornando-me belo no amor.
Que Teu nome e Teu poder
sejam sempre o meu nome e o meu poder.
Assim sempre foi, e assim sempre será.
 
Invocação do Pã
Ó grande Deus Pã,
Animal e homem,
Pastor dos bodes
Senhor da terra,
Eu o convido a comparecer a meus ritos,
Nesta noite mágica
Deus do vinho
Deus das vinhas
Deus dos campos e Deus do gado,
Compareça a meu círculo com seu amor
E envie-me suas benções.
Ajuda-me a curar,
Ajuda-me a sentir,
Ajuda-me a promover
O amor e o bem estar,
Pã das florestas, Pã dos campos,
Esteja comigo enquanto minha mágica ocorrer!

SER JOVEM...........

A juventude não é um período da vida, é um estado de espírito, um efeito de vontade, uma qualidade de imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, um gosto da aventura sobre o amor ao conforto.

Não é por ter vivido certo número de anos que envelhecemos, envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal.

Os anos enrugam o rosto, renunciar ao ideal enruga a alma.

As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos são os inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte.
Jovem é aquele que se admira, que se maravilha e pergunta, qual criança insaciável:

E depois?__ Aquele que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.

És tão jovem quanto a tua fé; tão velho quanto a tua descrença. Tão jovem quanto a tua confiança em ti e em tua esperança; tão velho quanto ao teu desânimo.

Serás jovem enquanto te conservares respectivo ao que é belo, bom e grande; respectivo às mensagens da natureza, do homem, do infinito.
E se um dia teu coração for atacado pelo pessimismo e corroído pelo deboche, que Deus, então se apiede de tua alma de velho.


(General Douglas MacArthur – 1945)

A SERVENTIA DOS SÍMBOLOS, UM RETROCESSO

Criamos símbolos para o amor,
para a felicidade,
para a alegria,
para o choro,
para a infância,
para a juventude,
para a velhice,
para a tristeza,
para a morte.
Mas uma pergunta paira no ar. Para que criamos esses símbolos?
Será que não conseguimos nos expressar por nós mesmos!
Será que não conseguimos ser quem somos!
Com certeza sim!.......basta parar e pensar um pouco.
No mundo dos símbolos não precisamos pensar, raciocinar, desenvolver, criar, basta um copiar/colar, porque os símbolos passaram a representar o que sentimos, o que somos e o que queremos.
Se não pararmos com isso agora, estaremos retornando a idade das pedras e nos comunicando por pictogramas.

(Jorge Marques)

MÃOS PEQUENAS

JORGE MARQUES – 10/09/2015
ABERTAS AO ALTO
NADA ENTENDEM
TEM ALEGRIA E ESPERANÇA
SOBRE AS FAIXAS BRANCAS QUE BRINCAM PULANDO ENTRE TEM E NÃO TEM
MALDADE INEXISTENTE NA PUREZA DO CORAÇÃO QUE ACREDITA NAQUELE QUE NA NOITE AO LADO DA CAMA
COM PÉS CALEJADOS PELO ARDER DO ASFALTO
DE BOLSO DESPROVIDO
DA BARRIGA APERTADA PELO CINTO DO SOL ESCALDANTE
DA BOCA RESSECADA PELOS PASSOS DADOS
DO CORPO MOÍDO PELO PESADO FARDO LEVADO
COM OS OLHOS LACRIMEJANTES E MÃOS CANSADAS DIVIDE O PÃO QUE ENCONTRADO FOI AO LADO DA ESCADARIA ENTRE DUAS TORRES
PÃO ABENÇOADO OU NÃO POUCO LHE IMPORTA
A FOME DOS PEQUENINOS SACIOU
E ENFIM FAZ AS PEQUENAS MÃOZINHAS SE UNIREM PARA AGRADECER AO PÃO QUE A FOME SACIOU
ENSINADO AQUILO QUE SABIA
DIZENDO MAIS OU MENOS ASSIM
O PÃO QUE NOS DÁ HOJE MUITO OBRIGADO PAPAI DO CÉU
COBRE SEUS FILHOS COM OS RESTOS DE COBERTA
TRANSPASSA SEUS BRAÇOS SOBRE OS DOIS CORPINHOS ENCOLHIDOS
E COM A FALA TREMIDA E EMBARGADA TERMINA PROVAVELMENTE ASSIM
SONHEM COM OS ANJOS
PAPAI ESTA AQUI
ENTÃO AÍ A ULTIMA LÁGRIMA ESCORRE E OS OLHOS SE FECHAM ACREDITANDO QUE AMANHÃ SERÁ UM LINDO DIA E QUE O ACREDITAR LHE TRARÁ UM FUTURO MELHOR AOS PEQUENINOS
PORQUÊ O QUE LHE RESTOU FOI A ESPERANÇA DE UM DIA MELHOR
ABENÇOADO PELO SENHOR PAI DE TODOS

FÉ E RAZÃO, UMA CONJUGAÇÃO NECESSÁRIA

Existe um grande embate na modernidade sobre a possibilidade da relação entre a fé e a razão. Encontramos hoje duas castas de pessoas bem evidentes, que são aquelas que privilegiam somente a fé e aqueles que privilegiam somente a razão. E, com isso, temos pessoas incompletas, nas dimensões que constituem o ser humano na sua integralidade.
“Impelido pelo desejo de descobrir a verdade última da existência, o homem procura adquirir aqueles conceitos universais que lhe permitam uma melhor compreensão de si mesmo e progredir na sua realização” (JOÃO PAULO II, 2010, p.8). Essa constatação é de singular relevância para a compreensão do que seja o conhecimento e a partir dele compreender a racionalidade. Até mesmo o conceito de razão, assim como a fé, vem sofrendo variações profundas. Hoje existe a tendência de se reduzir a razão ao campo empírico e a fé a uma mera expressão de sentimentalismo. Daí a necessidade de uma conjugação, para que haja um frutuoso equilíbrio e uma maturidade na consciência humana.Blaise Pascal (1623- 1662) pensou estas categorias, primeiro pensando a razão e depois pensando a fé. Ele concebe a razão como aquela que confere dignidade ao homem. Segundo o filósofo “o homem não é mais que um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante [...] Assim, toda a nossa dignidade consiste no pensamento” (PASCAL, 2010, p.88). É, portanto, preciso que o ser humano se esforce para pensar e pensar bem.
Com efeito, para esse pensador, o fato de a razão conferir dignidade ao homem, ela não se fecha em si, ela precisa reconhecer os seus limites. E, para não desprezar a fé, colocando-a como uma instância metafísica alheia a tudo o que é humano, ele apresenta a ideia da aposta.

Sim, é preciso tomar partido; não depende só da vontade; vós estais comprometidos e não participar, não apostar senão em Deus nem é apostar. O que esperais vós? Pesemos o ganho e a perda tomando o partido de crer em Deus. Se vós ganhais, ganhais tudo; se vós perderdes, não perdereis nada. Apostai, pois, sem hesitar (PASCAL, 2010, p. 33).

A fé seria apostar, mas numa única perspectiva da jamais inferir em equívocos. E, com isso, entender que aquilo que é transcendente também se apresenta à razão, numa relação de soma e não de anulação. O desejo humano de conhecer a verdade impulsiona a razão a sempre ir mais além, e que sua capacidade é sempre superior àquilo que alcança. Ela é capaz de descobrir o termo de seu próprio caminho.
Ao pensarmos a origem do homem em Deus, é preciso conceber que tanto a razão quanto a fé provém Dele e, com efeito, não podem se contradizer. Por conseguinte, a fé é de alguma forma a exercitação do pensamento, por isso a conjugação entre essas categorias faz-se urgente.

Confirma-se assim, uma vez mais, a harmonia fundamental entre o conhecimento filosófico e o conhecimento da fé: a fé requer que o seu objeto seja compreendido com a ajuda da razão; por sua vez a razão, no apogeu da sua indagação, admite como necessário àquilo que a fé apresenta (JOÃO PAULO II, 2010, p. 60).

No entanto, a conjugação entre razão e fé é necessária para a completude do homem, que além de racional é transcendente. E, é preciso saber que aquilo que é invisível não significa que é inexistente. E, ainda “uma razão que não tenha pela frente uma fé adulta, não é estimulada a fixar o olhar sobre a novidade e a radicalidade do ser” (JOÃO PAULO II, 2010, p. 68).
Portanto, é preciso pensar o ser humano em todas as suas dimensões para que haja uma correta interpretação e uma relação madura, já que a fé e a razão auxiliam no equilíbrio do ser humano enquanto pessoa.

Autor : Alessandro Tavares Alves - Graduando em Filosofia pelo Seminário Arquidiocesano Santo Antônio – CES-SMC
Extraído - http://webnucleoverbita.cesjf.br/node/23821

MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO. UM FUTURO OBSCURO.

Por Jorge Marques da Silva em 04/10/2012


O movimento estudantil no Brasil teve uma importante participação na mobilização social durante as décadas de 60 e 70, onde números elevados de estudantes participavam ativamente da política do país.

Talvez a mais conhecida e com maior repercussão foi a UNE (União Nacional dos Estudantes).
No final da década de 50 começaram a surgir diversas faculdades e universidades, e num país em franco desenvolvimento o ensino superior passou a ser uma condição importante para acelerar o crescimento econômico, bem como a abertura de novos caminhos para a ascensão social.
Com o aumento de estudantes cresceu também as novas correntes políticas e ideológicas nos meios universitários. Na década de 60 essas novas correntes defendiam ideologias ligadas a esquerda, e defendiam a chamada “Reforma da Universidade”, talvez a mais importante luta do movimento estudantil.
Com o advento do golpe militar se 1964 teve uma repercussão direta no movimento estudantil, que pelas suas características de esquerda tiveram seus lideres reprimidos e as organizações estudantis foram desarticuladas, começando pela colocação da UNE na ilegalidade.
Este golpe militar se transformou em ditadura que no período de 1969 a 1973 conseguiu desarticular totalmente o movimento estudantil. Nesta época os militantes e lideres estudantis ingressaram em organizações de luta armada para tentar derrubar a ditadura, as quais foram rechaçadas totalmente em 1973. A partir de 1974, os novos lideres universitários começaram a reconstruir o movimento estudantil, e com a entrada do General Ernesto Geisel para Presidência da República, iniciou-se a redemocratização do país. A ditadura já não mais tinha a mais o apoio popular e as elites começaram a critica-la.
Em 1977 os estudantes voltaram as ruas, em grandes manifestações em defesa a democracia. O objetivo não era mais educação e sim de caráter politico, como a defesa das liberdades democráticas, o fim das prisões tortura e principalmente a anistia ampla, geral e irrestrita. E finalmente em 1979 a UNE foi refundada.
O movimento estudantil foi por muito tempo respeitado, graças as suas lutas, principalmente na ditadura, para garantir aos estudantes o direito a livre expressão de suas ideologias.

Atualmente os principais movimentos se transformaram em trampolim politico, criam congressos para que os estudantes possam discutir suas ideias mais na verdade não passam de festas onde tudo pode, um verdadeiro carnaval, onde tudo acontece, menos ideias.

O espirito revolucionário passou a ser moda e não uma maneira de conscientização da sociedade. Os jovens da atualidade não tem a mínima ideia do que significa “movimento estudantil”, basta entrar em qualquer centro acadêmico e ficará claro que quem esta ali dentro são os mais populares ou os mais engraçados da escola, não importando a proposta.

O grande desafio agora é descobrir como mudar esta história, porque se continuar da forma que esta qual futuro terá o Brasil, já que os nossos jovens universitários são o futuro.


A TÁBUA DE ESMERALDA

Este texto foi escrito por Francisco Ferreira (Mr. Smith)
De acordo com as premissas da alquimia interior, a tábua da esmeralda revela, simplesmente, que existe um mundo espiritual que reflete tudo o que existe no mundo material ou vice-versa já que tudo é uma coisa só. Todas as experiências positivas e negativas têm sua origem nos níveis mais elevados da consciência. Com a compreensão destes segredos pode-se dominar o quinto elemento, denominado pelos antigos alquimistas de quintessência, que consiste na energia original criadora do Universo. O detentor deste poder pode descer aos abismos infernais se fizer o seu uso incorreto; ou ascender aos céus inefáveis se fizer o uso adequado.
Na compreensão do código da Esmeralda está a chave de ouro que abre o Palácio da Eternidade. Buscai e encontrareis esse conhecimento sagrado.
Aonde?
Dentro de você mesmo.
Como?
Somente através do estudo constante e da prática do autoconhecimento, será possível chegar a um entendimento profundo das palavras transcritas na esmeralda por Hermes. Existem diversas análises sérias e profundas acerca do texto acima. Entretanto, como se trata de um texto iniciático, acreditamos que só através do estudo e da prática da alquimia interior, pode-se chegar a uma interpretação segura acerca do texto.
Apenas para servir de estímulo e meditação sobre as verdades contidas na Tábua de Esmeralda, apresentamos uma breve interpretação de caráter pessoal acerca do texto iniciático de Hermes. Cada parte do texto será precedida de uma análise embasada nos conceitos mais espiritualizados do hermetismo. Vejamos:
É verdade, correto e sem falsidade, que o que está em baixo, é como o que está em cima, para realizar os milagres de uma coisa só.

Aqui está confirmada a grande realidade esotérica de que tudo se manifesta em diversos planos de consciência ao mesmo tempo. Isso pode ser atribuído tanto à natureza do Universo em sua essência, quanto à nossa vida pessoal. Em outras palavras; assim como a terra e o universo visível é uma manifestação limitada da natureza de Deus; também somos uma pequena centelha da luz divina em expressão. Tudo o que está acima nos mundos superiores, é como o que vemos aqui neste mundo. Tudo é uma coisa só. Uma dimensão refletindo na outra e se relacionando mutuamente. Em nós ocorre processo idêntico. As mais diversas correntes herméticas são unânimes em afirmar que refletimos em nosso mundo fenomenológico tudo aquilo que vem do mais íntimo do nosso ser. Como o que está em baixo é uma representação do mais elevado, nossa experiência é uma manifestação direta daquilo que está dentro de nós. Isso é um grande segredo que, ao ser revelado aos olhos internos, representa na aquisição de um "grande poder". Como todas as coisas derivam-se da Coisa Única, pela vontade Daquele que as criou, pelo poder de sua palavra, assim também tudo deve a sua existência a esta Unidade, pela ordem natural criadora. Esta passagem nos faz refletir sobre a grande verdade de que tudo o que vemos, tocamos e sentimos é uma manifestação do Poder Criador Universal que, modestamente, costumamos chamar de Deus. Ele é plenitude, grandiosidade, onipresença e onipotência. É o Todo presente em tudo. Os universos e tudo o que neles há, são partes integrantes desse poder sem limites. A compreensão desta Verdade Absoluta simboliza a porta de entrada ao Templo de Luz, que se abre ao Iniciado. Sem o reconhecimento de que tudo é manifestação do Único, não é possível abrir as portas do Santuário. Esta é a Chave; a Senha.
O Sol é o seu pai, a Lua é a sua mãe, o vento o transporta em seu ventre, a terra é a sua nutriz. Este ente é o pai de todas as coisas do Mundo. Seu poder é imenso e perfeito.
Em linguagem simbólica o sol representa o princípio masculino criador. É o poder ativo nos atos de criação, enquanto a lua representa a passividade. Esta passagem representa, lucidamente, uma alegoria aos processos criativos do homem, que é capaz de recriar sua vivência à maneira de um deus. Aqui é apresentada a maneira universal utilizada em todo processo criativo, tanto por Deus, quanto pelo homem. Nesta representação alegórica estão os segredos utilizados, consciente ou inconscientemente, por todos os seres humanos em seus processos criadores; é utilizado diariamente por todos, mas poucos sabem utilizá-lo de maneira metódica, consciente e dirigida. Sabiamente o texto prescrito na esmeralda diz que este ente (ato criador) é o pai de todas as coisas do mundo. Representa o quinto elemento ou a essência de toda criação divina - e humana. No homem esse poder é acionado em todas as vezes que se alimenta um pensamento, com as poderosas energias da fé e da vontade. Mas, atenção! A manifestação só se concretiza quando a vontade e a fé tornam se parte integrante da alma. Esse é um segredo hermético conhecido e reconhecido como o Grande Arcano. É utilizado para criar céu e inferno em nossa vida, através de nossa própria maneira de agir e reagir diante do mundo. O perfeito domínio desse poder consiste naquilo que se poderia chamar de "Pedra Filosofal". Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Separarás a terra do fogo, o sutil do denso, com muito cuidado e grande habilidade. Ela sobe da terra ao céu e de novo descerá à terra, deste modo recebe a força das coisas superiores e inferiores.
Aqui está o segredo para se conquistar o poder mencionado anteriormente, como o pai de todas as coisas. Todo o lento labor alquímico - do ponto de vista da Alquimia Espiritual - tem suas bases nestes preceitos. Separar o sutil do denso, ou seja: matéria e espírito. É exatamente assim que se processa a elevação espiritual. Através do desligamento do mundo dos fenômenos, nos momentos de oração ou meditação, elevamos o nosso ser da terra aos céus. Se o processo for executado corretamente, desceremos dessa ascenção momentânea, mais espiritualizados, cada vez mais adquirindo domínio sobre os poderes superiores e, consequentemente, sobre os mais inferiores. Dessa forma, através de um processo de evolução lento e contínuo, pode-se algum dia dominar a Arte Real e colaborar de forma magnífica com o Criador de todas as coisas na concretização da Grande Obra.
Por este meio terás a glória de todo o mundo quaisquer trevas afastar-se-ão de ti. É a força forte de toda a força, pois vencerá toda a coisa sutil e penetrará toda a coisa sólida. Assim foi criado o Universo. E, disto surgem maravilhosas realizações, cujo meio está aqui.
Eis aqui o segredo dos segredos revelados aos olhos que podem enxergar e aos ouvidos preparados para ouví-lo: a concretização da Grande Obra consiste, simplesmente, em dominar e subjugar os quatro elementos em suas diversas naturezas, através de uma prática constante de autoconhecimento e autodomínio. Exercer com maestria o poder da vontade inabalável é a chave utilizada para abrir as portas do seu templo interior onde está resguardado dos olhos do mundo o seu tesouro oculto. Como diz o antigo texto prescrito por Hermes, esse o domínio desse poder (da forma correta, pode afastar as trevas), vencendo tudo o que é sutil e penetrando tudo o que é sólido já que tudo é uma coisa só. O grande Hermes afirma, concluindo, que é exatamente dessa forma que Deus criou o Universo e todas as coisas. Em outras palavras: o Verbo Divino ou a força da vontade de Deus. Todo o cosmos foi criado pelo poder de sua palavra (Verbo). O “Fiat Lux” (Faça-se a Luz) da criação. Esse mesmo poder foi doado ao ser humano por herança divina. Temos o poder divino de criar aquilo que imaginamos e cultivamos em nossa experiência de vida; seja o bem ou o mal. é por isso que a Bíblia diz que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Porque temos o poder de criar, assim como ele.
“Por isso sou chamado Hermes Trismegisto, porque possuo poder sobre as três partes da sabedoria do Mundo. O que eu disse da obra-mestra da Arte Alquímica, a Obra Solar, aqui está dito e encerrado. Tudo".
Hermes aqui se auto-entitulava Trimesgisto (três vezes grande) porque dominava os três aspectos da sabedoria do mundo: física, mental e espiritual. Através da conquista dessa Arte era capaz de executar a Grande Obra com êxito.

Podemos fazer o mesmo.
O divino Mestre Jesus não estava brincando quando disse que qualquer um de nós poderia realizar milagres e curas maiores que as que ele próprio executou.
Como?
A resposta está em uma outra frase proferida pelo Divino Mestre em outra ocasião:

"... sede perfeitos como o vosso Pai Celeste" - disse Ele.

Difícil?
Muito!
Como?

Através de um trabalho lento, persistente e contínuo, que pode durar um tempo além daquilo que podemos calcular através de uma visão puramente materialista.