Escrito por Simone
Guerra
Sou
do tempo que ainda se chamava um rapaz de gato. Hoje em dia, tudo isso foi
mutando para delícia, gostoso, e sei lá mais o quê. Viva a evolução!
Evoluir
é a natureza do ser, e isto, Darwin já provou antes. Às vezes, tenho a
impressão que regredimos em algumas situações, todavia melhor não fazer disso
uma discussão. Eu ainda sou romântica à moda antiga, e para chamar um homem de
delícia, gostoso, apenas se ele for o meu amor, o meu amante, o meu bem querer.
Se eu ver um bonitão na rua, vou pensar: que gato! Não é hipocrisia, não. É
como eu sou. Não sou contra quem os rotulam, mesmo sem degustá-los.
Tive
poucos gatos, é verdade, e só conclui que eles eram delícias, depois de um
processo de experimentação. É, talvez, eu não esteja incluída na teoria da
evolução moderna das pessoas que pensam ser descoladas. Não sou santa, mas sou
mineira. Dizem por aí que os mineiros comem quietos...
Eu
sempre amei os gatos... Também amei os normais, os feios, os sem jeitos, e fui
descobrindo com o tempo, que para ser tudo de bom, tem que fazer a diferença.
Um rosto bonito, um corpo sarado, não garantem sexo gostoso ou uma relação
perfeita. Não existe a pegada, não existe o gostoso. O que existe, é como você
sente aquela pessoa.
Um
corpo é apenas um corpo. Um rosto é apenas um rosto. Tudo passa, transforma,
envelhece, portanto a essência não muda, ou muta? Na verdade, a essência, é o
de mais bonito que a pessoa tem, e padrões nenhum de belezas ou delícias
entenderão o que está dentro.
É
preciso parar de focar nos desejos de vontades perfeitas. Se você quer um homem
que te escuta, seja carinhoso, bonito, bom de sexo, tenha dinheiro, etc, é um
direito seu, e esteja certa que o pacote completo pronto, não existe.
Acessórios
de belezas e gostosuras podem ser improvisados com amor. O meu gato delícia, eu
faço, refaço, e se preciso for, também o invento. Tudo é imaginação, fantasia,
como diz o Arnaldo Jabor em sua crônica, que Rita Lee cantou.
Há
tantos gatos por aí precisando ser tratados com cuidados e mimos. Muitos deles
não confiam mais em nós, mulheres, e outros preferem vasculhar os lixos
alheios, verdades sejam ditas. Tantos gatos precisando amansar, e outros
precisando de colo. Assim também somos nós.
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