MOTIVAÇÃO

Cadê a inspiração
Para os singelos poemas
Aqueles que tocam a alma
E aceleram o coração?
Se o que tenho é
Nada muito além do tema
Títulos que não despertam emoção.
É preciso buscar à fundo
Mergulhando na multidão dos pensamentos
Dar lugar à sentimentos
Muitos deles adormecidos
Esquecidos, abafados, engavetados
Desperta! Acorda! Levanta e vai
O que tens é precioso demais
Traz à tona e revive a esperança
Acredite como criança
Respire, inspire
Olhe ao redor
Inove, insista
Siga, prossiga
E invista no que acredita
Só não faça uma coisa:
- Nunca desista!
 
Tani Tavares
 

FAZ DE CONTA

Faço de conta que vejo
Enquanto fixo os meus olhos no nada
Faço de conta que entendo
Enquanto o pensamento divaga
Faço de conta que sinto
Enquanto frieza assola a emoção
Faço de conta que me importo
Enquanto o vazio ocupa o coração
Faço de conta que ouço
Enquanto tapo os ouvidos...
Ou morro ou renasço
Ou me enterro ou revivo
Me levanto ou descambo
Em luta com esses sentidos
Contudo, vou vivendo
Sobrevivendo...
Pra um dia... morrer.

Tani Tavares

Imagem extraída de - http://sitedepoesias.com/poesias/31360

S.O.S.

Perdendo o fôlego...
Nenhum oxigênio para eu respirar
Ar denso que não penetra as narinas
Pensamento desfalece
S.O.S.
Alguém me traz uma máscara
Me anestesia
Me carregue para a U.T.I.
Mas, se não há quem se importe
Vou definhando até a morte
Agonizando... perecendo por aqui.
 
Tani Tavares
 
 

TRANQUILIDADE

 

Borboleteando avoada
No colorido desse jardim
Me pego tão distraída
Deslumbrada
Zigue-zagueando
Pousa aqui
Pousa ali
Delícias de néctar
Raios de sol
Sol da manhã
Tardezinha aconchegante
Noite enluarada
Brisa suave

ORIGEM

 

Ilustração de Ronan de Souza


Nascentes, fontes
Palavras a jorrar
Consciente, inconsciente
Andante, itinerante
Persistente
Percepção ora aguçada
Ora adormecida
Pulsando
Cambaleando
Assim tem sido a vida

Tani Tavares

O RENASCER DO AMOR


E talvez correr seja o melhor remédio.
Mas correr para onde?
As vidas aconteceram, fluíram, singraram todas as possibilidades.
Como saber para onde ir, e com quem estar?
São questões de preparar os corpos, treinar o sorriso e deixar o coração bater.
Não importam mais as possibilidades, o pior já passou.
O céu vem nascendo azul para nós.
O sibilar, os cantos matutinos dos pássaros celestiais, cortando nossa carne, expondo nossos desejos e nos preparando para um novo amor.
O silencio é sempre a melhor resposta para os problemas e a vida se apresenta com novas e doces possibilidades de renascer.
Batamos as asas que se achavam acorrentadas, voemos para um novo existir, onde o belo se revela e a paz impera como lei universal.

Rodrigo Sanchez Marques da Silva
 

PARA UMA POETIZA

http://bruxapoetisa.wordpress.com/2012/01/18/quando-poetisa-bela-siol/
E seu sorriso congelou.
Tudo pareceu tão estranho.
Você na tela a me olhar e eu sem entender.
Fui meio sem sentido.
Você falando e eu não te escutando.
Mas gostei de te ver,
Você me viu meio estranho.
De esguelha constrangido.
Bacana pelo momento.
Sua musica, Seu tom descontrolado.
A voz que me fez rir, E o tom que eu não gostava.
Foi na cara de todos.
Nosso amor surgiu em um conto infantil.
Na tua maleta de crônicas tu me levas contigo.
Beba minha porra e não diga que eu te trai porque o gosto tá estranho.
Siga caminhando que eu vou no teu embalo.
E percebas sempre que sua musica é ruim.
Mas isso eu posso superar.
No entanto me leve em sua mala.
Me ilustre e me trate como criança.

Rodrigo Sanchez

A MUNDO PRODUÇÕES APRESENTA A “COLEÇÃO CONTOS MALUQUINHOS” DE ANDRÉIA FRANCO


Poetisa e escritora Andréia Franco
Andréia Franco após publicar seu primeiro livro de poesias “Anjo Híbrido e outras” prepara agora uma super, hiper, mega maluca coleção de contos  que com certeza irá contagiar o público infantil e conquistar os adultos com uma linguagem simples, contagiante e diferenciada, e ainda será toda ilustrada por Ronan de Souza.
A coleção virá em uma maletinha super legal para a garotada poder levar pra casa e é composta por doze contos, sendo eles:
O Pato-pateta
A Pata-Choca Maria
Joãozinho
O Dinheiro e o Saber
Luizinho
Fui...
Homem chora...
O sapo que virou príncipe
O príncipe que virou sapo
O garoto preguiça e suas mil e uma desculpas
Desencantada
A Cinderela desencantada
 
A Mundo Produções através de seu projeto "Eu,você e os nossos escritos"  irá realizar a publicação desta coleção e daqui a pouco as crianças estarão sentadas falando.:
-Vamos brincar de ler?
-Mãe, qual é a historinha que temos hoje?

UM SINGELO CONTO DE AMOR

Um homem em um banco qualquer olhava fixamente para o horizonte.
Em suas mãos um livro com uma das páginas faltando.
Seu corpo estava cansado, seu coração sangrava.
Porque os castelos que tentou erguer foram destruidos.
Porque lutas que travou sem saber por quê.
Procurava entender porque e não conseguia.
Fechou seus olhos, trancou seu coração, ajoelhou-se e suplicou para ser transformado em um anjo.
Uma grande luz lhe arrebatou eo transformou em anjo. E para o céu se foi.
O tempo passou e sentado na beira do céu olhando a mais lindra estrela percebeu um choro.
Olhou para baixo e o choro vinha de uma mulher.
Olhou fixamenente e sabiaque precisava fazer algo. Desceu das nuvens e foi ao encontro desta mulher.
Como um anjo adentrou em seus pensamentos e devargazinho a fez dormir e sonhar. Assim poderia compreender o porquê do choro.
Neste momento teve uma estranha sensação, lhe parecia que já tinha feito isso. Mas continuo no seu intento.
E falando no sonho daquela mulher começou.
É difícil para quem acha que é difícil, a vida é assim mesmo, hora ganhamos, hora perdemos.
Estou aqui para lhe dizer.
Não se preocupe, não chore, o futuro a Deus pertence, devemos continuar seguindo em frente.
Só nós sabemos os tombos que levamos.
...Mas o amor pode destruir diz ela num repente...
Com certeza pode, mas temos que desabafar e lembrar que se este amor for sincero, sem cobrança, sem barganha, valerá a pena. Não desista.
Neste momento ele diz para si mesmo:
Sorria novamente, pois seu sorriso é lindo. Parou e ficou sem entender o que o levou a falar isso.
E mesmo não entendendo continuo falando no sonho daquela mulher.
Vou lhe fazer sorrir novamente. Não desistirei.
Quando seu belo sorriso voltar. Contarei-lhe a minha história.
Neste momento ela retruca:
...Mas hoje sou madura, sou mulher...
Com certeza! Mais madura, mais mulher, mais pé no chão, livre para sorrir, caminhar tranquila e ser feliz.
Isso é o que penso. Isso é o que peço. O mundo dá milhões de voltas e a volta vem sempre colorida.
Neste momento ele se sente novamente estranho.
No mesmo instante que ele se acha estranho ela lhe fala:
...Esta vendo, eu estou chorando, mas estou te escutando, mão sei de que forma, mas nunca vi um anjo que me falasse tanto.
Ele pensa novamente:
É muito bom saber que as pessoas ossam me ouvir em seus sonhos. É isso que carregamos conosco lá pra cima. Mas na sua mente se constroi uma pergunta:
Será que naquela página que falta existe algo que não devo lembrar? Talvez, mas as duvidas não irão me atentar.
O dia amanhece e a mulher levanta se sentindo leve e com um belo sorriso.
O anjo retorna ao céu com a sensação de missão cumprida, mas aquela mulher não sai de seu pensamento.
Porque tenho a impressão de conhecer esta mulher?
Porque ela?
Porque tive de ajuda-la?
Oh duvidas! Por favor, não começem de novo. A página que falta, desisti a muito tempo de reencontar!
Ele com suas duvidas não conseguia parar de pensar naquela mulher.
Chegou à noite e a estrela mais linda do céu brilhou novamente, parecia até que aquilo era um sinal que dizia: Vá aos sonhos daquela mulher.
E lá foi ele novamente faze-la dormir e sonhar.
E foi logo vai falando
Não precisa se moldar ou aceitar aquilo que não esta certo só para que a sociedade te aceite. Temos que ser autênticos, e é isso que importa. Nunca mentir ou tentar enganar. Estou aqui novamente e serei sempre sincero contigo, espero que acredite e se tiver vontade continuarei falando em seus sonhos.
E num trovejar dos céus ele é arrancado do sonho daquela mulher. E ao céu retornando a duvida continua.
Quem é aquela mulher que me faz tão bem?
Porque estou me sentindo assim?
A noite se acaba num lindo amanhecer, e ele sentado olha para baixo e lembra-se daquela página faltante. Procura alcança-la, mas não consegue. Tenta toca-la, mas não lhe é permitido. Só lhe restava ve-la lá de cima passeando pelos ventos.
E naquele breve momento ouve uma leve melodia.
Não acredita, mas a melodia vai se tornando clara em seus ouvidos.
Seu coração trancado há muito tempo se abre por um breve momento.
E ele escuta a linda voz daquela mulher falando:
...Acredito em você sempre foi assim, foi assim que me apaixonei...
Mas em quem acreditava, por quem havia se apaixonado.
E voz dela continuava ecoando pelos ventos:
... Se tudo que estivermos passando for um sonho peço ao céu que não permita que venha o amanhecer...
Ao ouvir tão lindas palavras não se segurou , levantou-se e desceu do céu como um raio.
Agora estava no chão. Fazia muitos anos que ele não sabia o que era tocar o chão.
E neste momento uma luz brilhou e udo lhe veio à tona novamente.
Os castelos que tentou erguer e que foram destruidos.
As lutas que travou sem saber por quê.
O momento em que seu corpo ficou cansado.
E o exato momento que ele trancou seu coração que sangrava por tanto sofrer.
Mas agora não iria desistir, iria descobrir o porquê que estava faltando apenas uma página naquele livro.
Seus olhos se fecham.
Um sonho aparece.
Tenta permanecer com os olhos fechados, mas uma lagrima lhe faz abrir os olhos novamente.
Sentia o sorriso daquela mulher, mas algo faltava para ele entender o porquê de tudo.
Neste instante o mundo parou e uma folha caiu do céu. Ele olhou para os lados e estendeu a mão para pega-la. Era uma página de livro desgastada pelo tempo.
Sentou-se em um banco e começou a ler o que ainda podia ser lido como se aquela página fosse lembranças esquecidas.
“Senti saudade, acordei lembrando de você e uma lágrima escorreu dos meus olhos......Pouco tempo passou e não consegui esquecer nossos momentos, seus carinhos, seu sorriso, seus olhos brilhantes quando eu chegava.......Mando esta carta porque não me deixaram lhe falar o quanto te quero e lhe desejo, mas paciência posso não vê-la nunca mais, mas tenho a certeza dentro do coração que ainda vou te encontrar sorrindo.”
Parece que naquele momento ele estava lendo o seu passado. Percebeu que aquela folha que havia caido dos céus era a página que faltava no livro.
Saiu correndo de felicidade, agora conseguia entender tudo, o corpo cansado, o coração sangrando, os castelos destruidos, e porque fora transformado em anjo tão prontamente. Foi justamente para que ele pudesse esperar em paz o seu unico e verdadeiro amor que por muito tempo ficou escondido naquela página que um dia ele mesmo tinha perdido.
Agora ele não tinha mais duvidas e sim uma única certeza, continuaria sendo o anjo daquela mulher, mas agora com uma grande diferença: estava com os pés no chão e poderia toca-la, beija-la e dizer-lhe que a amava intensamente e sempre a carregou em seu coração. Olhou para cima e agradeceu aos céus por ela continuar existindo.
O mundo voltou a andar e agora o seu coração poderia ser aberto por ela, pois quando foi levado para os céus, para protegê-lo de outras decepções guardou-se a chave de seu coração no coração dela.
E hoje ele senta no mesmo banco ao anoitecer sem sofrimento e sem tristeza, olha para o céu com ar de felicidade contemplando a estrela mais linda a brilhar e espera aquela mulher vir abrir seu coração novamente.
 
Jorge Marques da Silva

O QUADRO DA MORTE

Quadro de Rodrigo Sanches Marques da Silva
E tudo vai ceifando nossas vidas
Cigarros.
Agulhas.
Álcool.
Cocaína.
Remédios.
Gordura.
Sexo.
Cigarro: Para acalmar e para comemorar.
Agulhas: Assustar
Álcool: Diversão, distração e depressão.
Cocaína: Para acender.  

Remédios: Contra a dor e para dormir.
Gordura: Compor a boa alimentação.
Sexo: Contar para os amigos e desestressar.
E depois a idade e o tempo sem freio.
A vida que segue desenfreada.
O mundo que já não vale a pena.
A tesoura déspota
Rasgando
Anulando
Fudendo.
Cortando o que nunca fomos.
Talhando o que seriamos.
Nunca existimos.
Nossos pecados são pequenos para sermos eternos.
O fogo do inferno é exagero para os nossos pequenos caprichos.
E agora quase já não há vida.
Mas sim a abnegação a morrer.

Rodrigo Sanchez Marques da Silva